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Heróis sem rosto

*Edison Emídio dos Reis

4 de dezembro de 2025
Tempo de leitura: 3 mins de leitura

Nos filmes e séries norte-americanos, veteranos de guerra são frequentemente cumprimentados com a frase “Obrigado pelos seus serviços”. Esse gesto simples simboliza reconhecimento coletivo e legitimação histórica. No Brasil, porém, soldados negros, indígenas e descendentes de africanos que lutaram na Guerra do Paraguai permanecem invisíveis. Apesar de representarem parte significativa das tropas brasileiras como mostrou Francisco Doratioto em “Maldita Guerra”, eles foram sistematicamente omitidos da narrativa oficial. 

Essa exclusão não é acidental. A identidade nacional foi construída com base em referências europeias, de acordo com Lilia Mortiz Schwarcz e Heloiza Murgel Starlingem “Brasil: uma Biografia”, ignorando contribuições afro-indígenas e reforçando uma ideia de heroísmo associada às elites brancas. A escravidão, sustentada por uma legislação que transformava pessoas em propriedade, dificultou qualquer reconhecimento posterior, mesmo quando esses indivíduos foram enviados ao front, como explicitado por Abdias Nascimento em “O genocídio do negro brasileiro”. A abolição, tardia e sem medidas reparatórias, consolidou esse desligamento entre sacrifício e reconhecimento. 

Somado a isso, o influxo de imigrantes europeus no fim do século XIX contribuiu para a fragmentação da memória. Conforme apontado por Darcy Ribeiro no clássico “O povo brasileiro”, muitos desses imigrantes chegaram sem relação com a história militar brasileira e passaram a reproduzir suas próprias tradições culturais, reforçando modelos identitários distantes da realidade nacional anterior à sua chegada. Resultado: os verdadeiros protagonistas de batalhas fundamentais foram substituídos por personagens simbólicos mais palatáveis ao imaginário dominante. 

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A persistência do apagamento afeta diretamente a noção de pertencimento. Quando a história é contada como se apenas alguns tivessem construído o país, os demais permanecem como figurantes. O impacto é profundo: quem não se vê na história, não se reconhece no presente. Incorporar ancestralidade, espiritualidade e a cosmologia dos orixás nessa revisão historiográfica é uma forma de reparação simbólica indispensável. A espiritualidade de matriz africana serviu como fonte de resistência emocional para muitos combatentes, sustentando-os diante da violência e do abandono, conforme Reginaldo Prandi analisou em “As religiões afro-brasileiras e a resistência cultural”. 

Recontar essa história exige coragem e honestidade. O silêncio que recai sobre esses heróis parece ser parte ativa da manutenção das desigualdades. Romper com essa lógica significa devolver voz e dignidade aos que lutaram sem serem lembrados. Reconhecê-los não corrige apenas registros: reconfigura os fundamentos da identidade nacional e redefine quem tem o direito de dizer com legitimidade: “Este país também foi construído por mim.” 

Como homenagem a um herói esquecido, cita-se o capitão Marcolino José Dias, dos Zuavos da Bahia, que no cerco ao Forte de Curuzú escalou a muralha inimiga, arrancou a bandeira paraguaia e hasteou o pavilhão brasileiro ao grito de “Está aqui o negro zuavo baiano!”. Que sua coragem simbolize o resgate da memória e a reparação histórica de todos que lutaram pelo país, mas jamais receberam o devido reconhecimento. 

*Edison Reis é autor do livro “Fernão e a Epopeia da Coluna dos Pretos”, que marca sua
estreia na literatura e apresenta o protagonisto das pessoas negras na Guerra do
Paraguai

Redação LC

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