Foi o amor pela literatura e pela vida que impulsionou Telma Romão Maia a mudar. Ela deixou de lado décadas de carreira como publicitária para se dedicar à escrita na busca de um dia a dia mais leve feliz. O lançamento do terceiro livro de poemas, Somos Girassóis, marca ainda mais essa escolha com propósito: ela conversa com o público sobre encontrar a alegria nas aparentes banalidades do cotidiano, como em conversas corriqueiras com os amigos, no companheirismo de um relacionamento romântico ou na calmaria do descanso de domingo.
De forma leve, os versos de Telma abordam questões nem sempre encaradas de forma tranquila pelas pessoas, mas que ela acha necessário desmistificar; o temido processo de envelhecimento e reflexões sobre a morte estão entre eles. Para ela, a poesia é uma maneira diferente de olhar e traduzir o mundo, basta prestar mais atenção ao cotidiano.
Confira abaixo a entrevista com a autora e mergulhe com ela nas “banalidades” da vida:
1 – Aos 55 anos, você deixou a carreira de publicitária e seguiu para um rumo diferente: o da poesia. Por que decidiu mudar?
T.R.M.: Foi um processo de transição natural. Acredito que fiquei por um período muito bom no mundo da propaganda e do marketing, mas a escrita era um sonho que eu me preparei para abraçar. Maturidade e planejamento, é um novo caminho, aprendo a cada dia. Interessante poder recomeçar aos 55 anos, nova carreira, novos contatos, é rico e desafiador.
2 – Você diz que a poesia ajuda a romper com a banalização da vida. Pode falar mais sobre esse processo?
T.R.M: Acredito que a poesia traz toques de leveza para o dia a dia. E quem deixa registrado seus versos eterniza aqui sua passagem, assim como a arte, a escrita salva, é uma maneira diferente de olhar e traduzir o mundo, todos precisamos disso. Quem lê e explora as expressões artísticas enxerga um mundo maior, com toda a sua diversidade.
3 – Você é natural de Ituiutaba (MG), mas mora há tempos em Goiás e visitava muito o Nordeste quando criança. Como esse intercâmbio cultural se reflete no seu texto?
T.R.M: Vivi desde criança uma mistura de culturas, o Brasil é um país imenso, lindo e repleto de riquezas, muitos “Brasis” em um só! Para mim o nordeste, Minas e Goiás criaram um grande mosaico de referências, desde a paisagem, a culinária, os sotaques, os escritores, a música… minha poesia bebeu nesta fonte e segue refletindo muito da minha história em cada lugar e, claro, com as pessoas que são minhas raízes e amores da vida.
4 – A sua poesia aborda muitos elementos do cotidiano. Como enxergar o potencial poético no dia a dia?
T.R.M: Olhar a vida com um olhar poético ou, eu diria, com bons olhos, é um exercício que busca o bem-estar. Você pode escolher diversos caminhos, mas trazer e guardar dos dias as sutilezas, o belo, os momentos felizes e guardar para alimentar o amanhã é uma questão de “ajustar” o olhar, são escolhas diárias.
5 – Antes desse livro, você assinou dois títulos: “Casulo” e “Viagem e Versos”. Quais outras temáticas você trouxe nas obras? E já tem algum novo projeto em vista?
T.R.M: “Casulo” e “Viagens e Versos” são uma coletânea de poemas de uma fase minha bem mais jovem. Com estes textos ganhei um prêmio de poesia que me estimulou a publicá-los. Agora estou me dedicando ao quarto livro, serão contos com uma temática feminina, quero abraçar causas ligadas às mulheres, ao envelhecimento, aos desafios do amadurecimento. Tudo que faz parte do mundo contemporâneo, que me toca e motiva.
Sobre a autora: Formada em Administração de Empresas, com pós-graduação em Marketing, Telma Romão Maia trabalhou durante mais de duas décadas no mercado publicitário. Aos 55 anos, decidiu enveredar pela literatura e começou a publicar livros de poemas, como “Casulo” e “Viagens e Versos”. Ela também mantém o perfil no Instagram @viagemnapoesia, para compartilhar pensamentos cotidianos e textos poéticos. Agora, lança a terceira obra da carreira: “Somos Girassóis”.
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