Adonias Filho vive! No centenário de nascimento do romancista baiano, os especialistas na obra e na vida de Adonias, Silmara Oliveira e Carlos Ribeiro, reuniram-se na mesa literária Adonias Filho, 100 anos, mediada por João Aguiar Neto, às 15 horas, do dia 16 de outubro.
Silmara iniciou sua fala com a biografia do ensaísta de Ilhéus. Adonias Filho nasceu numa fazenda de cacau, a 27 de novembro de 1915. Terceiro filho, entre sete irmãos. Homem sério, sisudo, mas no meio familiar brincalhão, além de elegante.
Apesar de localizado geograficamente no sul da Bahia e tendo sua produção literária muito de seu habitat, o autor foi um homem universal. O que moveu Adonias em seu escrever foi a preocupação com a condição humana. Por isso, sua produção literária trata de sentimentos universais, como o amor, o ódio, a vingança e a traição. “Ser universal é localizar sua obra em determinado espaço e tempo – sul da Bahia, período cacaueiro -, mas possibilitar a alguém do outro lado do mundo ler e identificar-se”, exemplificou Silmara.
Carlos Ribeiro lembrou de uma frase do próprio Adonias: “Tudo o mais é circunstancial”. E a circunstância era das melhores, celebrar, nas palavras de Carlos, “um escritor singular, poderoso na utilização de recursos expressivos e da língua portuguesa e que ressignificou o universo rural do sul do estado”.
A linguagem de Adonias em seus livros foi destaque da conversa. Carlos Ribeiro lembrou que, apesar de retratar um povo bruto e mesmo selvagem, o autor não utilizava a linguagem naturalista. Silmara foi além afirmando que a forma da escrita de Adonias é uma pérola. Com linguagem enxuta, precisa, concisa e direta que expressa de forma intensa, mas rápida. Um texto também trágico, porque Adonias foi um leitor da Tragédia Grega.
Tanto rigor explica-se pelo fato de ser Adonias também crítico literário.
Finalizando o bate-papo, Silmara frisou a importância de rememorar Adonias Filho e parabenizou a Flica pelo zelo de trazer ao grande público esta homenagem ao autor.
Ao término da mesa literária Adonias Filho, 100 anos, Carlos Ribeiro seguiu para a sessão de autógrafos de seu livro À luz das narrativas, pela EDUFBA.
O Governo do Estado da Bahia apresenta a Flica 2015 e o projeto tem patrocínio da Coelba, da Oi e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e apoio cultural da Oi Futuro, da Prefeitura Municipal de Cachoeira, do Sebrae, da Odebrecht e da Caixa Econômica Federal. Um evento realizado pela iContent e Cali.
Confira a programação da Flica no site: www.flica.com.br
O quê: Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica
Quando: 14 a 18 de outubro de 2015
Onde: Município de Cachoeira, a 110 km de Salvador
Entrada gratuita
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