Esqueça os vampiros, zumbis e assombrações sobrenaturais. Em Profanos: história de terror e mistério, Orlando Rodrigues escreve sobre o medo que está presente no cotidiano e que estampam as páginas de jornais. “Faço uma denúncia sobre determinados comportamentos doentios da sociedade, entre eles: feminicídio, homofobia, pedofilia, fanatismo religioso e amores possessivos”, explica.
Os contos são ambientados majoritariamente em Goiás, estado em que nasceu, e trazem elementos brasileiros para as tramas. O autor, entretanto, percebe que existe resistência dos leitores do país em relação a histórias de terror, mas que há um público fiel para esse gênero. “Além de escritor de textos de terror, eu sou roqueiro. Esses dois gêneros, de certa forma, sofrem grande discriminação, mas tem um mercado bastante fiel”, diz.
Confira abaixo a entrevista completa com o escritor:
1 – “Profanos: histórias de terror e mistério” traz contos sobre os horrores da vida real. O que o inspirou a escrever essa obra?
O.R.: A grande fonte de inspiração para escrever os contos são os fatos do cotidiano, principalmente os fatos relacionados à violência urbana. Eu sempre digo que o terror da ficção é fantasioso, mas o da vida real é assombroso. Ao trazer para a ficção situações baseadas no cotidiano, eu também faço uma denúncia sobre determinados comportamentos doentios da sociedade, entre eles: feminicídio, homofobia, pedofilia, fanatismo religioso e amores possessivos.
2 – Além de “Profanos”, você tem outras três obras publicadas no mesmo gênero. Como iniciou sua afinidade com as histórias de terror?
O.R.: O gosto por histórias de terror vem desde a adolescência, assistindo a filmes e lendo estórias do gênero. Mas sempre achei muito difícil escrever terror por mexer com as emoções das pessoas através das palavras. Tomei isso como um desafio para mim e para meu desenvolvimento como escritor.
3 – Na sua opinião como escritor, qual o espaço desse gênero no mercado nacional e entre os leitores brasileiros?
O.R.: Além de escritor de textos de terror, eu sou roqueiro. Esses dois gêneros, de certa forma, sofrem grande discriminação, mas tem um mercado bastante fiel, que é o dos amantes desses gêneros.
4 – Quais foram suas principais inspirações durante o processo de escrita da obra?
O.R.: Sem dúvida, os filmes de Alfred Hitchcock, os contos de Arthur Conan Doyle e Edgar Allan Poe, além dos livros de Stephen King.
5 – O conto “O Gato” se tornará um livro em breve. O que você pode nos contar sobre esse próximo lançamento?
O.R.: O conto “O gato” parecia me pedir uma continuação, e essa sequência precisaria ter a visão de Death, o gato fantasma que orienta os comportamentos de Darwin, personagem principal da trama, e de Alice, sua babá na infância que o inicia no sexo e por quem ele se apaixona. Após o crime ocorrido na noite de Natal, esses três personagens ressurgem como fantasmas, reencarnando ou possuindo a alma de alguém para cobrar dívidas do passado.
As histórias são narradas em capítulos, com início, meio e fim, e apresenta algumas reviravoltas. O texto está em fase de análise por parte da editora Littera. Já tem aprovação para publicação, mas ainda não há uma data para o lançamento. Espero que seja esse ano ainda.
Sobre o autor: O goiano Orlando Rodrigues escreveu vários livros de terror e suspense, sendo “Profanos: histórias de terror e mistério” sua publicação mais recente. Além deste título, possui no currículo obras como “Não me deixe aqui”, “Terror: ao sair, não apague a luz” e “O fio da meada: uma fronteira entre o bem e o mal”. Sua carreira na literatura ocorre concomitantemente ao trabalho no ramo empresarial. O autor também é administrador com foco em recursos humanos, mestre em Ciências da Educação, professor e consultor organizacional.
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