O autor, professor e pesquisador Harald Welzer discorre, no livro A Guerra da Água, o apocalíptico momento de escassez da água e as consequências catastróficas que causaria na humanidade. O uso desmedido de recursos naturais, o efeito das queimadas e toda a emissão de poluentes que causam o aquecimento global, contribuem com a destruição do meio ambiente.
Com dados das pesquisas que realizou, Welzer tem um prognóstico para as gerações futuras, que sofrerão ainda neste século 21, e isso inclui os filhos e netos – se eles sobreviverem. Se no atual momento o mundo possui refugiados políticos e religiosos, no futuro não muito distante haverá refugiados climáticos e fugitivos do terrorismo contra o meio ambiente.
No início da obra, Welzer descreve a guerra na África Sudoeste Alemã e os motivos que levaram às barbáries dos povos nos séculos 19 e 20, elucidando, neste caso, a briga por etnia, poder e terras. Neste sentido, ele compara esses acontecimentos com a batalha que está por vir e as estratégias utilizadas para combater o inimigo. Porém, com expressivo avanço tecnológico e científico o qual a humanidade apresenta, o massacre será ainda maior.
Subsequentemente pesquisas acuradas sobre as mortes de ontem, de hoje e de amanhã, passando imediatamente a uma descrição da modificação das linhas básicas, ou seja, os fenômenos fascinantes das possíveis transformações das pessoas em sua percepção e valorização do meio ambiente, sem que isso as leve a observar ou modificar seus próprios comportamentos.
O mais importante para a abordagem é como a sociedade se comportará diante de todo esse tumulto, considerando que algumas regiões sofrerão com mais rapidez as consequências, de acordo com as riquezas naturais que possuem. Todo esse contexto prevê conflitos entre os povos em busca de recursos a qualquer custo.
Apesar da dificuldade de mensurar o impacto ambiental e social deste fenômeno, as prováveis soluções da humanidade serão baseadas em violência, como já ocorreu em outros momentos da história. Sem um entendimento maior por parte das pessoas sobre as mudanças climáticas, as imigrações de uma região para outra serão por intermédio de guerrilhas e causarão muitas mortes.
A pergunta final de um livro como este decorre naturalmente, ou seja, o que pode ser feito para impedir os piores efeitos dessas transformações? Ou – dito de forma mais patética – para observar e seguir as lições práticas da história.
Segundo o autor, para amenizar os impactos deste desastre ambiental deve acontecer uma mudança radical na cultura, que impediria de forma significativa o crescimento globalizado da tecnologia e consumo. Assim, as pessoas teriam que abster de todos os excedentes em relação ao conforto que atualmente o sistema proporciona.
Mesmo com todas essas previsões negativas com relação ao mundo atual, a obra evidencia um olhar otimista para a grande mudança da sociedade em busca de salvar o planeta. Porém, devem ser estabelecidas novas regras de comportamento e o fim da liberdade de raciocínio. A sociedade precisa mudar rápido o comportamento relacionado à utilização dos recursos naturais para não vivenciar o que bem alerta cientista!
Para compor a obra, o autor discute diversos temas como: mercado da violência, limpeza étnica, conflitos ambientais, os fracassos da sociedade e, o mais abordado, “ecocídio”. Esta leitura, mais que recomendada, já está disponível nas melhores livrarias do país.
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A Guerra da Água
Autor: Harald Welzer
Gênero: Meio Ambiente | Ciências Sociais
Acabamento: Brochura
Formato: 15,5 x 21 cm
Págs: 318
ISBN: 9788581303567
Preço: R$ 34,90
Sobre o autor
HARALD WELZER, nascido em 1958, é diretor do Centro de Pesquisas Interdisciplinares sobre a Memória do Instituto de Ciências Culturais de Essen e professor-pesquisador na área de Psicologia Social da Universidade Witten/Herdecke, na Alemanha. O jornal “Der Spiegel” o apresentou em um artigo publicado em agosto de 2007, compreendido em sua série dedicada a cientistas proeminentes, como um “espírito transformador e produtivo” de vasta penetração entre o público. É autor dos seguintes livros: “Opa war kein Nazi. Nazionalsozialismus und Holocaust im Familiengedächtnis (“Vovô nunca foi nazista: o Nacional-Socialismo e o Holocausto na memória familiar), em colaboração com S. Moller e K. Tschuggnall); “Täter. Wie aus ganz normalen Menschen Massermörder werden” (Criminosos: como pessoas perfeitamente normais se transformam em assassinos de massas); e editou “Der Krieg der Erinnerung. Holocaust, Kollaboration und Widerstand im europäischen Gedächtnis” (A Guerra da Memória: o Holocausto, o Colaboracionismo e a Resistência no Pensamento Europeu).