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Autor reconstrói dilemas da traição conjugal em diferentes períodos históricos do Brasil

Em entrevista, Alvaro Mendes detalha o aprofundamento na história para construir narrativas fidedignas sobre relações no livro “Quatro Marias”

31 de janeiro de 2025
Tempo de leitura: 6 mins de leitura

Para escrever Quatro Marias, Alvaro Mendes fez uma pesquisa minuciosa sobre diferentes momentos históricos do país, que atravessa o período colonial, a Inconfidência Mineira e o modernismo da década de 1920 até chegar à contemporaneidade. Esse compromisso com os fatos ocorreu para elaborar quatro contos protagonizados por diferentes mulheres que, independentemente da época vivida, desafiam os abusos nas relações conjugais. 

“A traição é uma das mais violentas opressões a que foram – e ainda são – submetidas as mulheres. A semente dessa traição permitida ao homem começa a ser plantada, muitas vezes, em casa: aos meninos toda a liberdade sexual, às meninas quase nenhuma. Sem dúvida que isso une as mulheres em um sentimento comum, extremamente íntimo, independente de época, etnia, classe social ou geografia”, explica o autor. 

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Em entrevista, ele comenta sobre o processo de pesquisa e a importância de um olhar fiel ao passado por meio da literatura: 

1 – “Quatro Marias” apresenta uma minuciosa reconstituição histórica. Como foi e quanto tempo levou o seu processo de pesquisa para garantir a fidelidade dos acontecimentos desde o século 16 até o 21? 

Alvaro Mendes: Eu levei cerca de um ano para escrever e concluir o livro “Quatro Marias”. Foi uma tarefa árdua porque procurei as fontes da época: o dramaturgo Gil Vicente, os autos da devassa referentes à Inconfidência Mineira, o estilo e o pensamento de José do Patrocínio e Bertha Lutz, por exemplo. Tudo isso com o propósito de construir um retrato verossímil de personagens, fatos e locais. 

2 – O uso de diferentes formatos narrativos, como cartas, diários e mensagens de WhatsApp, trazem um diferencial à obra. Qual foi o impacto desejado ao escolher essas formas para contar as histórias? 

A.M.: Essa é uma abordagem que eu acredito que dê um interesse adicional à obra. Desde o Iluminismo Liberal, a verdade absoluta, extraída de uma única voz terrena ou transcendente, que vem sendo contestada. Concorrente a isso, vive-se hoje uma infinidade de informações múltiplas advindas das redes sociais. Eu decidi, então, apresentar cada um dos quatro contos de uma forma: a Maria do século XVI recebe uma narrativa tradicional e única em terceira pessoa; a do fim do século XVIII possui duas narrativas, uma delas confessional; a terceira do século XX é relatada por cartas e diários de terceiros; e a última em formato de WhatsApp.  

3 – Por que a temática da traição conjugal foi escolhida como o fio condutor dos contos? O que motivou a decisão de explorar esse tema em diferentes épocas? 

A.M.: A traição conjugal é uma das mais violentas opressões a que foram – e ainda são – submetidas as mulheres. A semente dessa traição permitida ao homem começa a ser plantada, muitas vezes, em casa: aos meninos toda a liberdade sexual, às meninas quase nenhuma. Sem dúvida que isso une as mulheres em um sentimento comum, extremamente íntimo, independente de época, etnia, classe social ou geografia.  

4 – Na sua visão, como a ambientação em diferentes contextos históricos – desde as primeiras expedições ao Brasil até o mundo contemporâneo das redes sociais – contribui para a compreensão da traição na atualidade? Quais semelhanças e diferenças você identifica entre as épocas?  

A.M.: Creio que a grande contribuição é o entendimento de que a traição conjugal tratada no livro diz respeito, fundamentalmente, a posições de poder, mais do que às diferenças biológicas que existem entre os gêneros. A luta feminina pela própria autonomia é a busca pelo direito de não ter a sua voz, a sua alma e o seu corpo sufocados. 

5 – Os contos de “Quatro Marias” apresentam críticas sociais ao machismo, por exemplo, além de abordar a desigualdade econômica, a hipocrisia e a moralidade social. Quais outros aspectos da sociedade atual e do passado você buscou destacar e questionar através das narrativas? 

A.M.: Um dos problemas que eu vejo atualmente é a tentativa de querer enxergar o passado com os óculos de hoje. Creio que por isso eu tenha buscado, em tantas pesquisas, um retrato condizente com as pessoas, os hábitos, as moralidades e as hipocrisias de cada época. Ao leitor, deixo a conclusão das semelhanças possíveis e diferenças inevitáveis.  

—–  

Sobre o autor: Alvaro Mendes é professor aposentado e escritor. Autor do romance “O Mistério dos Hagis”, em e-book pela Amazon, e da dramaturgia “Segundos Fora”, sua publicação mais recente é o livro de contos Quatro Marias. Durante a carreira literária, foi premiado diversas vezes, como no Beverly Hills Screenplay Contest (2016), pelo roteiro “Families”; no concurso promovido pela Travassos Editora (2019), com o conto “Carnem Levare”; no concurso do Ministério dos Direitos Humanos (2018), com a crônica “Habitat”; no 1º Concurso Nacional de Contos – Antologia Aglac (2021), pelo conto “A morte do senador não foi acidental”; e no Prêmio Off Flip (2024), pela crônica “Por Aí”. 

Redes sociais do autor: Instagram | Facebook
“Quatro Marias” está disponível na Amazon. 

 Para saber mais sobre o livro “Quatro Marias”, clique aqui. 

Redação LC

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