O Rio de Janeiro não é uma cidade qualquer. Tão lindo quanto ardiloso, ela guarda sutilezas que só os escritores com maior sensibilidade conseguem captar — aí estão os livros de Rubens Braga, João do Rio e tantos outros para confirmar. E esse senso aguçado nunca faltou ao jornalista e escritor Mauro Ventura, autor de PorVentura, que será lançado no dia 12 de novembro, às 19h, na Livraria Blooks na Praia de Botafogo, 316, com sessão de autógrafos.
Nas páginas de PorVentura, que marca estreia do selo 106 Crônicas, o leitor é conduzido por um passeio com destinos tão triviais quanto surpreendentes, como ruas, feiras, delegacias, calçadas e, principalmente, pessoas do Rio de Janeiro. O point pode ser a sala de um apartamento em Ipanema ou um beco de uma comunidade esquecida pelo poder institucional; a celebridade pode ser um político conhecido ou um cidadão (in)comum que realiza um projeto social extraordinário.
O autor narra situações e figuras peculiares em textos ora divertidos, ora comoventes, ora cortantes produzidos ao longo de vinte anos de crônicas de grande repercussão publicadas em veículos como Jornal do Brasil e O Globo, entre outros, e, mais recentemente, a internet. Mauro Ventura oferece ainda textos inéditos produzidos com exclusividade para este livro.
No livro, o autor ironiza suas distrações e dificuldades de guardar nomes e fisionomias, flagra cenas de afeto em meio à aspereza da vida cotidiana, volta-se para seres invisíveis como o talentoso vendedor de amendoim no trem da SuperVia a caminho do subúrbio ou o palhaço que faz seu número no sinal de um cruzamento na Lagoa; divide a graça e as agruras de um pai às voltas com os estratagemas dos filhos; denuncia o descaso da sociedade com um casal de catadores de recicláveis ou com um pai de família metralhado pelas forças de segurança de um Estado que deveria protegê-lo; e até visita uma prisão nos tempos do regime militar para narrar a detenção do próprio pai e a visita libertadora de Nelson Rodrigues. Mesmo quando direciona seu olhar para o que está à sua volta, consegue ser universal.
Da sala da própria casa até o gabinete presidencial, Mauro Ventura vai, assim, revelando suas observações e inquietações, de um encontro a outro encanto, ao passo que trafega pela vida, fornecedora da matéria-prima indispensável a toda boa crônica.
- “Quando parece que estamos numa entressafra e que o caso [de amor do Brasil com a crônica] amainou, aparece um Mauro Ventura. E o amor reacende. ” (Luis Fernando Verissimo)
- “[A crônica é] uma arte difícil, apesar da ilusória simplicidade, que custa muito trabalho de síntese e ritmo, de densidade e fluidez, para contar histórias curtas da cidade, do cotidiano, do tempo, das emoções humanas. É isso que Mauro Ventura faz muito bem…” (Nelson Motta)
- “A alma do atento contador de histórias, sempre presente nos textos jornalísticos, agora chega inteira na voz do potente cronista. Sorte nossa! ” (Andréa Pachá)
- “Jornalista tão sensível quanto talentoso, Mauro Ventura transita pelo cotidiano de um Rio de brutalidade e afeto. ” (Flávia Oliveira)
- “Um tanto de reportagem, um tanto de conversa, olhos, ouvidos, coração: muito coração. A mistura funciona. ” (Cora Rónai)
- “Percebe-se nos seus textos o anseio por promover a causa da justiça, dar visibilidade aos problemas sociais, extrair das pessoas o que elas têm de melhor…” (Antônio Carlos Costa)
- “Mauro Ventura é o cronista do afeto.” (Daniel Becker)
Sobre o autor: Mauro Ventura começou a carreira como jornalista em 1985. Trabalhou como repórter, repórter especial, editor e colunista em veículos como IstoÉ, Jornal do Brasil e O Globo, onde assinou, de 2007 a 2018, a coluna Dois cafés e a conta. Com a reportagem Tribunal do tráfico, venceu os prêmios Esso e Embratel, duas das principais distinções do jornalismo brasileiro. É autor do livro O espetáculo mais triste da terra — O incêndio do Gran Circo Norte-Americano, um dos vencedores do prêmio Jabuti, o mais tradicional do país. Escreveu os contos “A dor oficial”, publicado no livro Brasil-Haiti ―101 histórias, e “AVC”, que integrou a coletânea 25 cronistas falam de superação. Como professor, deu aulas e oficinas de crônica e de jornalismo literário. Na TV, fez o roteiro do programa De conversa em conversa, apresentado por Fernanda Montenegro, Carlos Heitor Cony e Artur Xexéo. Ocupou a Direção-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. É diretor de Impacto Social do Grupo Dadivar e diretor de Conteúdo do movimento Contém Amor.
Facebook: https://www.facebook.com/mauroventuraoficial
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