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Entre a razão e o delírio: escritor mistura filosofia e arte para explorar os limites da existência

Em “Errantes do Pensamento”, Álvaro Fernandes propõe uma escrita livre, fragmentada e poética para questionar verdades e reconstruir sentidos

5 de junho de 2025
Tempo de leitura: 6 mins de leitura

Filosofia, arte, devaneio e crítica existencial se entrelaçam no romance Errantes do Pensamento – O Segredo de Poggio, de Álvaro Fernandes. A obra desafia classificações tradicionais ao mesclar cartas, ensaios, poesia e delírio, em uma travessia literária onde os personagens não buscam certezas, mas caminham sobre os cacos de uma subjetividade estilhaçada. Para o autor, o fazer literário é uma forma de existência: não linear, não fixa, mas livre para experimentar a linguagem como um corpo em movimento — por vezes em conflito, por vezes em plenitude. 

Com influências que vão de Nietzsche a Fernanda Montenegro, Álvaro propõe uma escrita onde filosofia e arte não se separam — se confundem, se iluminam, se justificam mutuamente. Ao rejeitar os limites da forma e da razão, ele convida o leitor a abandonar o conformismo e mergulhar em um espaço poético de errância e crítica, onde cada palavra é uma tentativa de compreender o mundo e habitar o presente com lucidez e sensibilidade. 

Na entrevista abaixo, Álvaro Fernandes comenta os bastidores da obra e fala sobre o delírio como ferramenta de resistência, o hibridismo da linguagem e a indissociável relação entre filosofia e poesia. 

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1- “Errantes do Pensamento – O Segredo de Poggio: Uma rapsódia filosófica” mescla ficção e grandes nomes da filosofia para explorar os limites da lucidez. Como foi unir filosofia e ficção na narrativa, e de que forma elas se relacionam no fazer literário?  

Álvaro Fernandes: Eu considero o “fazer literário” uma caminhada e uma errância. Em meu espaço narrativo, não busco uma verdade, uma realidade, ou mesmo um método, apenas deixo minha mente buscar sentido, o que faz sentido a ela, que é na sua essência poética (como nos recorda Santayana e Agamben; Artaud, Van Gogh, Cioran, e muitos outros). Não busca ela, minha mente narrativa, uma unidade, mas uma vereda, que leve à um significado para o viajante do corpo em travessia. Uma justificativa – mínima, de sobrevivência, ético-estética – para o caminhar. Neste caminhar, o ético e o estético são indiscerníveis – ético pela ação, estético pela percepção. Assim, a narrativa que transpira não distingue literatura-arte de filosofia-ética, mas une e transpassa uma estética do ser que se cuida e vê, reparando lacunas, existindo em exercícios de conflitos, possibilidades e plenitudes; relativizando o saber em poética. Trata-se de uma marca mínima, individual, finita no manto do infinito, como nos ensina Schelling, ou Holdercim, ou Raul, ou qualquer um que se permita expressar os belos recantos de sua mente arteira e feliz!   

2- A obra transita entre muitos gêneros, como da carta ao poema, do romance ao ensaio, do relato clínico aos fragmentos textuais. Como isso contribui para
retratar um fluxo de pensamento sem linearidade? 

A.F.: Da mesma forma que o ‘conteúdo’, como é comum dizer em textos teóricos, não encontra barreiras no ‘brincar literário’, a forma, ou a expressão, também não se atém ao que se dá como norma, como gênero narrativo, ou mesmo como os manuais de redação descrevem. A forma dança conforme o ritmo do pensamento, ela erra ao mesmo compasso do pensamento que afluiu pela emoção que subsumiu! A linguagem e sua forma cingem o pensamento e suas andanças. Há o embate entre a mente e o papel, entre o teclar e a tela; mas este embate é vencido pela necessidade de expressar e passar o sentimento. A linguagem, por vezes, se ressente, e o poeta ou o narrador tenta suprir o vazio do significante apelando ao significado, e por vezes, ele consegue; mas dá-se, em geral, que não se sente suficientemente satisfeito, e tenta de novo, e esse sempre tentar, move a literatura. De alguma forma, aquele sentimento deve riscar o manto, seja em poema, seja em prosa, seja em grito, seja em silêncio; a arte deve riscar a pele do conformismo, despertar, aliciar; e, por vezes, o modo de fazer, de dizer, de calar, é aquele que a mente narrativa dita – em geral ela grita! 

3- Com narradores múltiplos, “não confiáveis” e instáveis, a obra alterna em
diferentes pontos de vista entre os personagens e recorre a vozes oníricas. O que isso representa para a compreensão dos leitores sobre a temática? 

A.F: Vivemos o mundo do fragmento, da narrativa estilhaçada; e não sabemos mais onde está a realidade – aquelas grandes narrativas que dizia Lyotard -, e é justamente esse o ponto, buscar a realidade, se existe tal estrutura mental; e não consigo enxergar – vislumbrar – uma outra possibilidade – em que nossa mente tenta entender onde se encontra – do que a fragmentação narrativa. A temporalidade e a sequenciação estão pulverizadas ao nosso entorno, nosso espaço é mutilado-múltiplo; e essa nova ‘crise da subjetividade’ nos torna ‘caçadores de mariposas’, aquelas que nos justifiquem, que nos identifiquem com esse estar aqui e seguir. Somos errantes de nossas personas fragmentadas, nos buscamos e nos acrescentamos com os fragmentos de discursos que captamos, no campo de batalha do eu-estilhaçado, e vamos nos achando em afetos e olhares. Todos somos personagens de alguém, todos somos lacunas e complementos, mariposas de algum amor-vacui; e a narrativa, ela persegue personas que a realizem, onde sua alma se estenda, e se compreenda. Por isso, para a ‘alma narrativa’, não há realidade que se distinga da ficção. Aliás, ela não conhece ‘realidade’, apenas transliteração poética da mente em pânico. 

4- Ao longo da narrativa os personagens desconstroem certezas e celebram o
delírio. Como isso contribui para ressaltar o poder do inconformismo no mundo? 

A.F: Não há como construir sem destruir, ou desconstruir, como nos ensina Zaratustra. Precisamos de coragem para enfrentar o que o mundo nos apresenta como realidade e enfrentar com a ‘linguagem’ que nos permite, consola, conforta e apraz. A errância, a suspensão do juízo, o andar do ‘esquizo’, o poeta flâneur, o romancista-filosofo, o pensador; e todos aqueles que perseguem uma expressão mais próxima à sua lúdica e lúcida mente poética, em algum momento, desconstroem o dado do mundo em que estão lançados, para atingir uma expressão que lhes remodele ou justifique. E a narrativa da alma individual, que, na sua liberdade de água; em princípio respeitando alguns limites, bordos e cancelas, para aprender a ser água; acaba por, na sua ânsia de ser água toda, invade. Dessa forma, querendo novas formas e vasos de brincar; os limites, o início de novos limitares. E precisamos dessa reverência e liberdade de água, para narrar – ela espreita, entra, invade, dilui, permeia – incha e enruga, não resiste. Rebela-se, questiona paredes, liberta-se em jorros; na geometria de seu próprio infiltrar-se e narrar.   

—

Sobre o autor: Álvaro Fernandes é médico, cirurgião geral e vascular, com mais de três décadas de carreira. Apaixonado por literatura e filosofia desde os anos 1990, durante a faculdade, hoje cursa Filosofia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Como autor, assina com o nome A. A. A. Fernandes e publicou o livro Errantes do Pensamento – O Segredo de Poggio: Uma Rapsódia Filosófica. Obra é a primeira de uma trilogia que pretende explorar os conflitos internos do protagonista Urbano junto de temas como necropolítica, ética na medicina e outras discussões filosóficas.

Redes sociais do autor: Instagram | YouTube

Para saber mais sobre o livro “Errantes do Pensamento – O Segredo de Poggio: Uma Rapsódia Filosófica”, clique aqui. 

Redação LC

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