Especialista em desenvolvimento pessoal e organizacional, o consultor Paulo Monteiro, que já estabeleceu dinâmicas em empresas como Itaú, Natura e Nestlé, entre muitas outras, desafia os gestores a conhecerem novas formas de estimular a criatividade e obter resultados.
Para fugir do modelo tradicional que as empresas ainda seguem, algumas lições encontradas no lançamento do consultor, o Antimanual Filosófico: para pessoas inquietas com dogmas organizacionais, são inovações na arte da gestão de pessoas.
Confira três desafios que irão impulsionar líderes e colaboradores a começarem uma nova jornada de sucesso organizacional.
1 – A meta é acabar com a meta
A ansiedade torna as pessoas prisioneiras do futuro e, no universo organizacional, pode levar profissionais e equipes a realizarem um trabalho improdutivo. Para mudar é necessário priorizar o presente, com atividades prazerosas e significativas de forma individual e coletiva.
Por exemplo, uma projeção no mercado exterior, em dois anos, deve surgir como uma consequência natural de um caminho que já é trilhado há um tempo, e não como uma meta definida a priori.
A ciência está em um ambiente propício para que os colaboradores façam o certo no dia a dia e, assim, conquistem excelentes resultados. Ou seja, eles trabalham com mínimas previsões e alto índice de engajamento.
2 – Liberte-se da abordagem líder-centrada
A abordagem “líder-centrada” está cada vez mais obsoleta em um mundo de incertezas e mudanças vertiginosas. Por isso, é importante reformular o significado e a prática da liderança, além de saber endereçar as melhores perguntas.
Há maneiras de aplicar essa equação na gestão cotidiana. Os colaboradores devem ser incentivados a trazerem perguntas sobre quais são os principais desafios da equipe, livre de pautas com afirmações e certezas técnicas.
Para isso, é necessário garantir um ambiente protegido, um contêiner onde as ideias e inquietações possam ser trazidas sem medo. Não é fácil, mas é possível, e os resultados costumam ser poderosos e consistentes.
3 – O valor no ponto de vista do outro
Este talvez seja o ponto mais difícil de encontrar na liderança: entender e aceitar a visão de outra pessoa. As situações decisivas ou mesmo os processos que devem ser realizados podem ter diversos ângulos, e uma visão que sai do centro principal daquele que costumeiramente detém as soluções pode ser extraordinária.
Um diálogo verdadeiro acontece no encontro entre duas pessoas que têm valor em si mesmas. Ou seja, o ponto de vista dos liderados deve ser ouvido e considerado, por isso o líder deve afastar qualquer ímpeto proveniente das crenças de sua sabedoria única e se debruçar em teorias que podem ser uma alavanca naquele momento.
Por fim, Paulo Monteiro aguça os sentidos para que o líder seja formador. O melhor caminho é criar um ambiente propício para que os colaboradores exerçam suas funções a partir de seu melhor. Trata-se de incentivar a conexão de cada um deles com seu lugar de potência.
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Sobre o autor: Paulo Monteiro atua há mais de 15 anos como consultor e busca provocar estruturas vigentes para levar indivíduos e culturas à sua melhor versão. O autor é mestre em Comunicação e Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Chile e pela Universidade Autônoma de Barcelona; obteve o bacharelado em Filosofia pelo Ateneo Regina Apostolorum de Nova York (EUA). Também é professor em MBAs e cursos in company para algumas das principais instituições do país, como a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação Dom Cabral.
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