Chef, pintora e fotógrafa, essas são respectivamente as profissões escolhidas pela argentina Paola Carosella, a japonesa Tomie Ohtake e a suíça Claudia Andujar. As três mulheres tiveram coragem de sair de seus países e reivindicar um futuro brilhante longe da terra natal, bem aqui no Brasil.
As histórias de sucesso dessas profissionais são compartilhadas exclusivamente na edição brasileira do livro Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes: 100 Mulheres Imigrantes que Mudaram o Mundo, publicado pelo selo Outro Planeta, da Editora Planeta, e escrito pela imigrante e best-seller do The New York Times, Elena Favilli.
Por meio de relatos, os leitores conhecem um pouco da trajetória de Carosella, Ohtake e Andujar, que decidiram se tornar cidadãs brasileiras e conquistar coisas incríveis fora do país de origem. Essas narrativas reais são verdadeiras inspirações para meninas de todas as idades, principalmente as que desejam tornar suas aptidões em oportunidades de viver em qualquer lugar.
Paola Carosella: essa garota amava ver a avó cozinhar. Ela observava a senhorinha italiana preparar o almoço de domingo e queria aprender também. Paola morava com a mãe em Buenos Aires, na Argentina, e passava muito tempo sozinha. Um dia, decidiu brincar imitando a avó, fez um jantar para a mãe e ficou maravilhada com a mágica de transformar os ingredientes em um prato gostoso. Paola cresceu, saiu da Argentina e virou uma das chefs mais conhecidas do Brasil. Depois de rodar o mundo, ela veio parar em São Paulo, abriu restaurantes e trouxe os sabores da infância que aprendeu com as avós. Em 2014, ela começou a participar como jurada do programa MasterChef, Gostou tanto de morar no Brasil que virou cidadã brasileira. (p. 142)
Tomie Ohtake: quando criança, ela nem sonhava em fazer aquilo que viraria sua paixão. Tomie foi pintora e escultora, e era tão boa que, quando morreu, com mais de 100 anos, um jornal se despediu dela com a frase: “Morre a grande dama da arte nacional”. Mas essa história começa no Japão, país em que cresceu Tomie. Ela teve uma infância feliz: gostava de comer sushi e sua aula preferida era a de Artes. Tomie amava desenhar, mas não gostava da pintura japonesa daquela época. Ao chegar ao Brasil, a primeira coisa que olhou foi o Sol forte e brilhante no porto de Santos, e, como já gostava muito de cores, exclamou: “Um país amarelo!”. Ela estava só de visita, mas por causa da Segunda Guerra Mundial não conseguiu voltar. Se apaixonou e teve filhos, de quem cuidava o dia todo. Até que um amigo descobriu que Tomie sabia pintar deu uma bronca nela “comece agora, hoje mesmo! Criança cresce sozinha”, disse. Então Tomie decidiu fazer do seu jeito: nada de pessoas. Queria pintar as curvas dos rios, as montanhas, a luz na janela. Tomie ganhou vários prêmios e foi homenageada com um instituto que leva seu nome e é um dos principais espaços de arte na cidade de São Paulo, que ela adotou como sua.
Claudia Andujar: era uma garota que queria pertencer a algum lugar. Nascida na Suíça, Claudia morava na Hungria, porém veio a guerra e ela conseguiu escapar com a mãe, mas passou muitos anos vagando de país em país. No caminho, ela mudou de nome, de Claudine Haas virou Claudia Andujar, pois queria deixar para trás a menina com medo e que perdeu quase toda a família no Holocausto. Um dia, Claudia chegou ao Brasil. Destemida, mesmo sem saber falar português, passou a viajar sozinha pelo país sempre carregando consigo uma câmera fotográfica. E foi assim que conheceu a Amazônia, um lugar diferente de tudo que já tinha visto. Dessa forma, ela finalmente encontrou um lar – e as pessoas que passaram a ser sua família durante mais de vinte anos: os índios da tribo yanomamis, que vivia isolada. (p. 34)
FICHA TÉCNICA
Livro: Histórias de ninar para garotas rebeldes: 100 mulheres imigrantes que mudaram o mundo
Autora: Elena Favilli
Editora: Planeta – Selo Outro Planeta
Preço: R$ 119,90
ISBN: 978-65-5535-552-9
Formato: 25×17 cm
Páginas: 224
Onde encontrar: Amazon
Sobre a autora: Elena Favilli é autora best-seller do The New York Times, jornalista e vive quebrando tetos de vidro. Ela é a cofundadora da Rebel Girls, uma marca global e multiplataforma que junta educação e entretenimento e se dedica a inspirar e gerar confiança em uma geração de garotas. Elena já escreveu para o The Guardian, Vogue, ELLE, COLORS Magazine, McSweeney’s, RAI, Il Post e La Repubblica, além de ter escrito quatro livros da série Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes.
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