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O que mudou em 40 anos? Autor analisa costumes brasileiros em romance policial

Na entrevista abaixo, o escritor Délio Galvão comenta sobre a importância de refletir acerca das transformações sociais através da literatura

20 de dezembro de 2024
Tempo de leitura: 7 mins de leitura

Autor de Selva de Pedra, Délio Galvão cresceu em um país bem diferente do que é hoje: na década de 1980, os brasileiros ainda viviam na ditadura militar, e muitos jovens tinham uma liberdade restrita. Assuntos sobre sexualidade eram tabus no lar, e as desigualdades raciais e de gênero eram naturalizadas no dia a dia. Esses contextos mudaram em vários sentidos, mas o autor decidiu utilizar a literatura para analisar as transformações ocorridas na sociedade e para refletir sobre tudo aquilo que permanece o mesmo. 

 


Além de narrar as investigações sobre um crime que atravessa 20 anos no tempo, a obra endossada por Raphael Montes faz um retrato fidedigno do Leblon. As três décadas em que viveu no bairro foram cenários importantes na vida do autor, que comenta: “saí do Leblon, mas o Leblon nunca saiu de mim. Praia, ruas, bares e restaurantes formam o cenário do livro, não por acaso. Eu conheço cores, cheiros e sabores do bairro com muita propriedade. Sei que consegui passar um pouco de tudo isso para este caldeirão, que é o
Selva de Pedra”. 

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Confira mais detalhes da entrevista abaixo: 

1 – Você já tem contos, crônicas e obras infantojuvenis publicadas e “Selva de Pedra” é o primeiro romance policial da sua carreira literária. O que o motivou a explorar esse novo gênero? Quais foram as diferenças que você sentiu durante o processo de escrita? 

Délio Galvão: Suspense e mistério sempre estiveram presentes em todas as minhas obras. Adoro criar clima de suspense e tensão em tudo que escrevo. Por exemplo, a coleção infantojuvenil O diário das fantásticas viagens de Giovana contém um mistério por trás da localização de 5 cristais mágicos que estavam desparecidos em algum lugar do Brasil. Além disso, criei um personagem com a habilidade de viajar no tempo, que só tem a identidade revelada ao final do 4º volume. 

Sempre adorei os romances policiais. Li diversos livros de Raymond Chandler, George Simenon, Leonardo Padura, Rubem Fonseca e Luis Alfredo Garcia-Roza. Este último eternizou o detetive Espinosa, que investigava crimes em Copacabana, e me motivou a criar o detetive Pessanha, que investiga crimes no Leblon. 

As diferenças entre os dois segmentos, juvenil e de adultos, são enormes. A adaptação do meu processo de escrita envolveu muito estudo, leitura e cursos com grandes escritores e profissionais da área. Dentre os quais eu destaco o curso que fiz com o Raphael Montes (“Escreva o seu Romance”). Cabe destacar que o Raphael Mondes endossou o Selva de Pedra, ao enviar uma frase que está publicada na contracapa do livro. O outro curso que destaco foi com o do diretor Jorge Furtado (“Roteiro: do início ao fim, passando pelo meio”). Foi um curso que me ajudou a montar narrativas rápidas e diretas, com cenas de ação e diálogos curtos. 

2 – A obra é ambientada no Leblon, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Qual sua relação com o bairro? 

D.G.: Eu nasci em Copacabana e me mudei para o Leblon quando tinha 4 anos. Vivi intensamente o bairro até os 24 anos. Ali nasceram meus 3 irmãos. Eu morava em um apartamento na Ataulfo de Paiva e estudava em Botafogo. Pegava um ônibus circular todos os dias para chegar à escola. Neste mesmo apartamento, assisti à separação de meus pais. Dez anos depois, eu me formei em Engenharia e me casei. Foi então que eu tive que me mudar. Saí do Leblon, mas o Leblon nunca saiu de mim. Praia, ruas, bares e restaurantes formam o cenário do livro, não por acaso. Eu conheço cores, cheiros e sabores do bairro com muita propriedade. Sei que consegui passar um pouco de tudo isso para este caldeirão que é o Selva de Pedra. 

3 – Além de ter uma investigação sobre uma morte, o enredo também atravessa algumas complexidades das diferenças sociais do Brasil. De que maneira você inseriu esses temas na obra e as utilizou para dar mais profundidade à trama? 

D.G.: O romance é contado em dois tempos em um bairro de classe média alta, o Leblon. A primeira parte se passa no início da década de 1980, quando ainda vivíamos a ditadura militar. Acredito que a grande maioria dos jovens da época, assim como eu, foi criada com rígidos padrões de respeito e de restrita liberdade. O machismo, o racismo e o sexismo, entre outras desigualdades vindas de uma sociedade patriarcal, eram muito presentes dentro de casa e no dia a dia. Além de assuntos como sexo, drogas, orientação sexual serem vistos como tabus e pouco falados. Apesar disso, os jovens se mantinham em uma busca incessante por novidades e pelo desconhecido. A ambientação do livro retrata este momento, bem como a forma como estes assuntos são tratados nos dias de hoje. 

4 – O livro tem linhas do tempo distintas, com 20 anos de diferença. Que características os leitores notam entre o RJ de 1980 e o de 2000 a partir da obra? E como você pensou nas diferenças entre os próprios personagens? 

D.G.: As diferenças na geografia do bairro e na criação dos filhos, de 1980 para hoje, são muito grandes. Aliás, me assusta lembrar a forma como fomos criados. A sandália virada de bruços, em cima do colo da mãe, para aprendermos a tabuada ou para comermos as verduras do prato e tomarmos o remédio amargo. Azul para o quarto dos meninos e rosa para o das meninas. A forma como criamos nossos filhos hoje em dia é muito diferente. Principalmente as filhas, que venceram tabus e cada vez mais se apresentam em igualdade de condições com os homens. Deixaram para trás aquela mulher submissa que se apresentava como “do lar” ao ser perguntada sobre sua profissão para censo do IBGE. Estes aspectos são bem caracterizados na mudança de tempo por qual o livro passa, antes de ser desvendado o mistério por trás da morte de um jovem. 

5 – O que os leitores podem esperar durante a leitura do livro? E quais lições espera que eles extraiam? 

D.G.: Ganância, ciúmes, traição, crime e castigo, está tudo junto e misturado em Selva de Pedra. O leitor vai passear com os investigadores por ruas, bares e restaurantes do Leblon enquanto investigam a morte de um jovem. Responder as perguntas “quem morreu, quem matou e por que matou?” formam a linha condutora deste romance que irá surpreender o leitor com inúmeras reviravoltas, algumas mortes e muitas traições. Espero que gostem, que observem as diferenças de cultura e hábitos pelos quais passamos, o quanto melhoramos e de quanto ainda precisamos evoluir. 

— 

Sobre o autor: Délio Galvão começou a carreira literária aos 56 anos com a publicação da coleção de livros infantojuvenis O diário das fantásticas viagens de Giovana, publicada pela Editora Bambolê. Recebeu o prêmio Ases da Literatura de 2023 por Crônicas para Casais quase modernos, sua primeira obra para público adulto. Possui diversas crônicas e contos publicados em antologias de diferentes editoras. Já havia publicado narrativas curtas de suspense e tramas policiais, mas Selva de Pedra é seu primeiro romance do gênero.  

Instagram do autor: @deliogalvao.escritor 

Para mais informações sobre o livro “Selva de Pedra”, clique aqui. 

Redação LC

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