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Questões sociais e representatividade nas tramas de super-heróis – papo com o quadrinista Pedro Ivo

Saga “O Cidadão Incomum” desafia estereótipos de heroísmo na ficção com protagonistas essencialmente humanos e dilemas reais

22 de abril de 2024
Tempo de leitura: 6 mins de leitura

E se finalmente os brasileiros pudessem ter um super-herói para chamarem de seu? Caliel é um jovem adulto como qualquer outro: com problemas, angústias, medos e dúvidas sobre qual caminho seguir na vida. Mas, certo dia, descobre ter superpoderes e, na tentativa de salvar o mundo do mal, decisões erradas poderão agravar ainda mais as situações. É por meio dele que o quadrinista e roteirista Pedro Ivo deu origem ao Cidadão Incomum, um personagem imperfeito que busca quebrar o estereótipo do heroísmo norte-americano.

Enquanto Caliel tenta encontrar sua missão e espaço no mundo, Pedro Ivo dá voz a personagens diversos. Tito, por exemplo, é um homem trans e abre espaço para um diálogo sobre identidade e representatividade. “[Ele] é um garoto rebelde, superpoderoso, imperfeito e extremamente carismático e, às vezes, perigoso”, que, apesar da disforia de gênero, o foco da história fica nos poderes e no processo de amadurecimento de Tito. 

A saga se passa principalmente em cenários urbanos pulsantes, como o da capital paulistana, e lança um olhar para questões sociais atuais. Klaus é um dos personagens que chamam a atenção a isto ao tentar, a todo custo, mostrar a Caliel o descaso com as pessoas da Cracolândia, no centro de São Paulo. “É por este viés que o Cidadão Incomum compreende quem é seu inimigo: o sistema”.  

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Confira todas as falas do autor na entrevista:

1 – O Cidadão Incomum nasceu da falta de representatividade de heróis brasileiros na literatura e da sua vontade de mudar isso. De que forma você acha que o Caliel está furando a bolha dos apaixonados por quadrinhos, já acostumados com os personagens norte-americanos? 

Pedro Ivo: Sinto que o leitor se identifica com o Cidadão Incomum em várias camadas. Primeiro porque compartilha dos mesmos problemas e angústias, das mesmas dúvidas e medos sobre o mundo. O Brasil em que Caliel – o Cidadão Incomum – vive, é muito parecido com o nosso. O leitor sente que esse cara existe em algum lugar. 

Segundo porque qualquer geek que se preze já se imaginou voando pela avenida principal da sua cidade. A forma como Caliel divide com o leitor as sensações de voar e manipular energia remete aos debates nerds sobre como funcionam os poderes deste ou daquele personagem.  

Outro ponto decisivo é que o Cidadão Incomum decide ser herói sem saber o que é heroísmo. Não é um herói clássico, pronto. Ele tem falhas de caráter, toma decisões ruins que geram consequências. O feedback geral dos leitores é: o Cidadão Incomum é um super-herói plausível.   

2 – Considerando a lacuna na representatividade trans na literatura brasileira, como você vê a importância do personagem Tito para impulsionar esse debate? Qual é o papel de “O Cidadão Incomum” para uma maior compreensão sobre a comunidade LGBTQIAP+?  

P.I.: Não sei exatamente qual é o papel de Tito e do Cidadão Incomum, mas o que eu sei é que muitos escritores e criadores confundem um pouco esse lance de representatividade na ficção. Tito não é legal porque é trans. Ele é legal porque ele é o Tito, um garoto rebelde, superpoderoso, imperfeito e extremamente carismático e, às vezes, perigoso. 

Claro que a disforia de gênero causa impacto na sua personalidade. Isso o leitor percebe. Mas a história de Tito gira em torno de seus poderes e seu processo de amadurecimento. Quando lançamos Tito, ele foi muito bem aceito pela comunidade LGBTQIAP+. Um leitor trans me disse que “o melhor sobre Tito é que sua a transexualidade não é tema. Ele genuinamente parte de um todo. Isso é representatividade”.    

3 – Outro personagem forte na trama é Klaus, dotado de superpoderes e dedicado a cuidar dos desamparados na Cracolândia. Como acha que as ações dele refletem os desafios enfrentados por quem vive à margem da sociedade? De que forma a trajetória do personagem contribui para a abordagem de questões sociais?

P.I.: Klaus é um homem negro, de passado obscuro e que tem uma gama de poderes psíquicos que ele usa para viver invisível e aliviar as dores de outros invisíveis, os moradores de rua. Quando Caliel ganha os poderes e decide viver o papel de um super-herói, acaba causando mais problemas do que resolvendo. Klaus, então, tenta a todo custo chamar a atenção de Caliel para as questões sociais graves, como o descarte de pessoas no centro da Capital Paulista. É por este viés que o Cidadão Incomum compreende quem é seu inimigo: o sistema. Mas, quem é o sistema? Nos quadrinhos, onde é possível explorar novos núcleos e personagens, vemos como as ações do Cidadão Incomum impactam a vida das pessoas comuns. 

4 – Quais são os desafios de transitar entre a escrita narrativa e os quadrinhos, ao desenvolver as histórias deste seu projeto?  

P.I.: A ideia sempre foi criar um universo coeso e em constante expansão. Os livros complementam os quadrinhos e vice-versa. O que eu não sabia era que o leitor de livros é, em geral, completamente diferente do leitor de quadrinhos. Quem lê as narrativas escritas tem um sentimento de apropriação e intimidade com o personagem. Sentimento que o leitor dos gibis, mais focado no ritmo e nos desenhos, não tem. O desafio tem sido, principalmente agora no lançamento da Graphic Novel, unir esses dois tipos de leitores em uma só comunidade.  

5 – Você está em processo de adaptação da sua obra para o cinema. Qual é a sua expectativa para a recepção do público? Para você, o que não pode faltar em um bom filme de super-herói?  

P.I.: A expectativa está lá em cima. Estamos trabalhando muito para fazer um filme grandioso, divertido, bem brasileiro e insano. Com um time de gente como Fernando Meirelles, Guto Gontijo e Marcus Alqueires, a tarefa fica um tanto mais fácil. Ainda assim, é um desafio. 

Um bom filme de super-herói precisa mostrar a que veio, mas não precisa se levar a sério demais. Heróis de capa e máscara tem um “quê” de infantil, de tosco, de ridículo, que é legal quando é bem explorado.   

—

Sobre o autor: Produtor de conteúdo, roteirista, artista de quadrinhos e escritor, Pedro Ivo é formado em Interpretação para Teatro e TV na Escola Incenna. Deixou aos palcos para se dedicar à série de livros O Cidadão Incomum, sobre um super-herói nacional. A obra teve direitos vendidos à empresa O2 Filmes para uma adaptação para o cinema, com Fernando Meirelles na produção e Marcus Alqueres na direção, além do próprio autor da história como roteirista. Os protagonistas da produção audiovisual serão Gabriel Leone e Luiz Navarro. Pedro Ivo também é autor dos quadrinhos “Tito”, um spin-off do universo que foca na história do primeiro super-herói trans do Brasil, e coautor de “Entre Mundos”, escrito em parceria com Rodrigo Oliveira. 

 

Clique aqui para saber mais sobre “O Cidadão Incomum” 

 

Redação LC

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