Autora e influenciadora literária do canal Livros & Fuxicos, Paola Aleksandra traz para o lançamento O roubo em três atos sua marca registrada: muito romance, um toque de fantasia e protagonistas apaixonantes que vão aquecer o coração dos leitores. Publicado pelo selo Harlequin, da Harper Collins Brasil, o livro mostra como o amor é capaz de transcender até mesmo os limites do tempo.
A narrativa conta a história de três personagens fortes: a deusa Nix, a pirata Joana e a pintora Elena, que têm os destinos conectados em diferentes épocas por duas máscaras misteriosas e enfeitiçadas. Dividida em três atos, a obra mistura reflexões sobre autodescoberta feminina e superação, em um enredo histórico que se passa desde a Grécia Antiga e a Europa Vitoriana até chegar na São Paulo dos dias de hoje.
Em entrevista, Paola falou sobre as inspirações por trás dessa novidade e como elas se relacionam com a própria trajetória como escritora, mãe e criadora de conteúdo. Leia o bate-papo na íntegra:
1 – Paola, você se tornou uma referência no mercado literário brasileiro com o canal Livros & Fuxicos e, depois, com seus romances. Como você sente que essa trajetória influenciou sua escrita e a construção das personagens femininas em O Roubo em Três Atos?
Paola Aleksandra: Ler e falar de romances na internet ao longo dos últimos 13 anos me ajudou a descobrir quem eu gostaria de ser como escritora e quais histórias eu almejava criar. Encontrar minha voz como autora foi um processo repleto de altos e baixos, mas o Livros & Fuxicos me preparou muito bem para os desafios que permeiam a carreira de escritor. De tanto ler e indicar romances, eu sempre soube que tipo de romance aquece meu coração, portanto, aprendi que escrever é – antes de tudo – escrever para si mesmo. Hoje tento escrever histórias que falam com meu coração e crio personagens com as quais consigo me identificar, afinal, são esses dois pontos que me fazem querer ler algo: coração quentinho e a jornada de crescimento dos protagonistas.
2 – A trama deste lançamento se passa em três épocas diferentes – desde a Grécia Antiga, Era Vitoriana e até os dias atuais – e traz elementos de fantasia, romance e autodescoberta. De onde veio a inspiração para combinar esses três tempos e como foi o processo de entrelaçar personagens tão distintas como uma deusa, uma pirata e uma artista?
P.A: O Roubo em três atos surgiu primeiro em um baile de carnaval parisiense do século XIX. Ali, eu conheci minha pirata e as máscaras amaldiçoadas que ela tanto almeja roubar. Foi só depois de escrever essa primeira história (ou ato) é que comecei a me questionar de onde as máscaras vieram e onde a história delas encerrou. Esse questionamento me levou até a Grécia antiga, onde uma deusa solitária deseja ser vista, assim como também me mostrou uma pintora perdida entre rabiscos em um banco da Pinacoteca de São Paulo. Todas as minhas histórias começam com questões não respondidas e vislumbres das personagens em momentos decisivos de suas jornadas. Então primeiro eu vi cada uma das três personagens, depois resolvi escrever a história delas e descobrir qual fio do destino as interligava. Talvez seja por isso que o processo tenha sido mais sobre entender o que essas mulheres almejavam, do que de fato a ligação entre elas.
3 – Em seus romances, como neste, vemos um amor que desafia barreiras, mas também coloca as personagens diante de desafios internos. Qual é a mensagem que você deseja transmitir aos leitores sobre o amor e as dificuldades que ele pode trazer?
P.A: Hoje vejo que todas as minhas histórias são sobre o poder transformador do amor. E não só do amor romântico, mas do amor familiar, fraternal e, principalmente, o amor por nós mesmos. Acredito piamente que o amor é libertador – ele perdoa, cicatriza, remenda e cria ponte onde não vemos saída. Acredito tanto nisso que é natural levar isso para os meus romances, mostrando que mesmo em tempos de dor e solidão, vale a pena manter um resquício de esperança.
4 – A maldição que une as protagonistas Nix, Joana e Elena reflete muitas questões de amor e solidão. O que esses temas representam para você, pessoalmente?
P.A: Após o nascimento da minha filha redescobri o significado de muitas coisas, entre elas o de solidão. Nos últimos anos reaprendi a me amar, a olhar com carinho para minhas conquistas e para a minha arte, a equilibrar sonhos profissionais e pessoais, a apreciar o valor da minha própria companhia, a ser vista como indivíduo além de mãe… e, de certa forma, vejo que parte desses questionamentos pararam nas páginas do meu livro.
5 – Além de escritora, você é mãe, produtora de conteúdo e apaixonada por literatura. Como lida com esses diferentes papéis no seu dia a dia? Existe algum truque para equilibrar tudo isso?
P.A: O segredo é que não consigo dar conta de tudo (risos). Em alguns momentos, foco mais na escrita. Em outros, na produção de conteúdo. Já em alguns, dou prioridade para a minha vida familiar. Ainda assim, só consigo dar conta de tantas coisas porque tenho ao meu lado uma rede de apoio que acredita nos meus sonhos e que me permite ser tantas coisas ao mesmo tempo.
6 – Por fim, deixe aqui uma mensagem aos leitores que vão conhecer O Roubo em Três Atos. E se pudesse resumir essa história em apenas três palavras para instigar a curiosidade deles, quais seriam?
P.A: Sinto que O Roubo em três atos pode ser resumido em esperança, amor-próprio e fé no destino. Essa história é para aqueles que perderam a esperança no amor e precisam de um toque de magia em suas vidas para voltarem a acreditar que seus clamores serão ouvidos. Se você gosta de histórias que aquecem corações e de personagens femininas inspiradoras, espero que esse romance te encante e envolva logo nas primeiras páginas!
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Sobre a autora: Paola Aleksandra é mãe da Júlia, criadora da marca Livros & Fuxicos, administradora por formação e produtora de conteúdo literário por paixão. Entre ler e indicar literatura na internet, também começou a escrever suas próprias histórias de amor em 2017. É autora dos romances de época Volte para mim e Livre para recomeçar, além do romance contemporâneo Amor às causas perdidas. Paranaense apaixonada por bons romances, filmes clichês, chocolate e tudo o que aqueça seu coração, ela acredita que o amor, assim como os livros, são grandes agentes de transformação.
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