Amor de Puta, primeira obra do empresário carioca e ex-executivo da Saraiva, Ricardo Daumas e que foi lançada na primeira semana de dezembro pela Editora Sensus, traz a história de João Mauricio, um homem que como tantos não tem do que se queixar. Bem casado, com uma bela carreira no prestigioso “Banco”, ele é o que se pode chamar de uma pessoa de sorte, mas sua vida está em vias de se virar do avesso.
Depois de muito relutar, João faz um caminho comum a muitos outros executivos cariocas no passado, e se vê obrigado a vir para a nova matriz em São Paulo. Chega numa tarde fria de domingo e se instala num Flat em Moema, contrariado, e dentre as muitas coisas que vai descobrir ainda nesta tarde inclui-se o fato de que não quer voltar para o Rio também, para a mesma casa, o mesmo casamento, a mesma vida.
A obra traz, então, esse encontro involuntário de alguém com a própria vida, e que se faz com a ajuda de Celeste, uma vizinha linda, doce e que mergulha com João nessa viagem. Amor de Puta pode ser a metáfora da maior relação de interesse da história da humanidade, em que se vende aquilo que não deveria se entregar por negócio, mas que pode também se converter no amor mais puro, mais surpreendente, mais inesperado.
“Passamos o resto daquele domingo e ainda um pouco do próximo dia entregues a nós mesmos, sem acordos nem expectativa declarada, apenas nós naquele momento e daquele jeito. Talvez uma concessão, talvez uma distração, ou simplesmente algo que não conseguíssemos evitar, que não nos coubesse omitir, que não fosse honesto roubar de nós mesmos. Ela se impregnava em mim, e eu podia sentir isso como se fosse o sol arrepiando minha pele no frio do inverno. Eu não queria tê-la, queria que ela me fosse, que fosse a parte não declarada e omissa da minha alma revelada enfim em carne e osso, gestos, olhares, hálito.”
Amor de Puta não se trata de uma biografia ou autobiografia. Mas não será de se surpreender caso os leitores se identifiquem em algum momento, pois são histórias que acontecem à volta de um mundo urbano, suburbano, contemporâneo, competitivo, confuso, mas que é o mundo de todos, com dores, medos e desejos.
“[…] a prosa corrente, a narrativa envolvente, a história repleta de tons de realidade bem contada. Mais do que texto, há subtexto. Mais do que apenas o que se vê na superfície dos personagens, há suas muitas dimensões”.
(Jorge Tarquini, jornalista, escritor e roteirista de “O doce veneno do escorpião”,)
“Ricardo Daumas leva essa brincadeira bem longe, num texto gostoso de ler, cheio de referências visuais, palavras bem escolhidas, sons e aromas percebidos por personagens que ao mesmo tempo “cabem e não cabem” no lugar em que vivem. Eles precisam se entender com o que o amor lhes apresenta a cada dia, com as contradições que brotam nos detalhes e com a mistura entre desejo e realidade”
(Duto Sperry, cineasta e escritor)
“Amor de puta é um livro sobre diferentes tipos de amor e também sobre a reconstrução da vida, escrito por Ricardo Daumas que, assim como João Maurício, trocou o Rio de Janeiro por São Paulo. Seu texto mostra que estamos diante de um escritor de muita sensibilidade, observador do cotidiano de pessoas como eu e você. Uma história de ficção que poderia ter acontecido com qualquer um de nós”.
(Marcelo Duarte, jornalista, escritor e editor)
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Ficha técnica:
ISBN: 978-85-67087-03-0
Formato: 16 x 23cm
Páginas: 280
Preço: R$ 34,90
Sobre o autor: Carioca da Tijuca, Ricardo Daumas mudou-se para São Paulo ainda jovem acompanhando a família. Estudou Administração no Rio, mas migrou para Comunicação Social, especializando-se em RTV na FAAP, já em São Paulo. No início, trabalhou em bancos e seguradoras, mas logo se aventurou pelo mundo das letras e criações. Abalroado pelo Plano Collor, migrou para o varejo, iniciando uma carreira de executivo de marketing em grandes corporações do segmento de moda e confecções. Fiel às letras e desejoso de aproximar-se de suas atividades de interesse, foi trabalhar na Editora Abril, onde confundiu propositalmente prazeres com obrigações. Passou pela extinta AOL e retornou ao varejo pela Livraria Saraiva, onde, desafiado pela intimidade com o ambiente editorial, obrigou-se a pôr em prática o eterno plano de escrever um livro. O momento era de grande envolvimento com o festivo universo editorial, quando passou a contribuir ativamente com os principais eventos do mercado, como o Prêmio São Paulo de Literatura, o Festival da Mantiqueira, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo e a Flip. Afinal, fazendo carreira solo como empresário em novas mídias e operações de e-commerce, encontrou alguém de coragem para publicar seu livro. E publicou.