Inspirado por Jo Nesbo e Victor Hugo e motivado pela sua tese de doutorado – que envolve o universo das startups –, o Bacharel e mestre em Marketing e Ciências Sociais, João Fernando de Lima Parra, estreia na literatura policial com o romance Milícia.com: o crime organizado na era das startups.
No lançamento, João Fernando busca romper com os estereótipos de tramas policiais retratadas em séries e filmes. Milícia.com aborda um universo o qual milicianos investem em startups e aponta os principais erros dos empreendedores iniciantes: não realizar pesquisa de campo antes de procurar pelos grandes investidores.
Nesta entrevista a seguir, João Fernando de Lima Parra conta as razões que o levaram a escrever este romance policial, como desenvolveu os personagens do livro e avalia qual será o futuro das startups.
Quais motivações levaram você a escrever Mílicia.com?
J.F.: Ser capaz de contar uma história com os conhecimentos adquiridos no doutorado em sociologia e ao mesmo tempo transmitir a minha mensagem através da literatura, ampliando o alcance puramente acadêmico.
Por que decidiu retratar o mundo do crime organizado em uma obra de ficção?
J.F.: Vejo a ascensão do crime organizado, mais especificamente das milicias, com grande preocupação. Ao retratar as milícias envolvidas com startups meu objetivo foi descontruir a imagem estereotipada que vemos em filmes. Quero mostrar que na realidade as milícias são muito diferentes do que se vende na mídia.
Como você enxerga o futuro das startups?
J.F.: Acredito que o modelo de microempresa startup será cada vez mais utilizado como um laboratório de pesquisa e desenvolvimento terceirizado. No sentindo de que grandes empresas ao invés de criar suas inovações internamente arcando com custos trabalhistas e riscos, vão, cada vez mais, terceirizar estes departamentos para startups. Este movimento já está acontecendo e tende a aumentar devido a necessidade das companhias de competir em custos e em inovações associadas aos seus produtos e serviços.
De que modo o excesso de confiança impacta o protagonista de Mílicia.com?
J.F.: O que faltou para Antônio foi humildade. Era preciso entender que uma boa ideia é só uma pequena parte para se chegar ao sucesso empreendendo. Ao invés de pensar pequeno, criar uma amostra do que seria o seu serviço (no jargão das startups o MPV) e testar em campo com pequenos varejistas, ele demorou muito tentando fechar o contrato diretamente com uma grande empresa. Esse foi seu erro e custou muito caro no final.
Como foi a criação de personagens milicianos?
J.F.: Para a criação destes personagens foi preciso uma imensa imersão em livros, artigos, teses de doutorado e conversas com pesquisadores especializados no mundo do crime. O miliciano principal, o Sr Thomas, eu utilizei como base inspetor Javert de “os miseráveis” (romance Vitor Hugo). Neste caso, eu precisei de um tom mais fantasioso para criar a imagem de um policial além de violento teria que ser ambicioso, obcecado, frio e calculista.
Sobre o autor: João Fernando de Lima Parra nasceu em 13 de setembro de 1985, na cidade de Londrina-PR. Bacharel e Mestre em Marketing e Ciências Sociais, em 2021 se dedica ao Doutorado em Sociologia na Universidade Estadual de Londrina. Milícia.com: o crime organizado na era das startups é o seu primeiro romance.
Redes Sociais:
Facebook | Instagram | LinkedIN
Para ler o release do livro Milícia.com: o crime organizado na era das startups, clique aqui.