Os avanços tecnológicos e a inteligência artificial são temas de profundos debates sobre a vida em sociedade, o futuro do trabalho e a necessidade de acompanharmos as máquinas. Apesar de toda a inovação, vemos pessoas inseguras pela ameaça de substituição.
Diante da falta de líderes no mundo e suas consequências, da ganância que vem dilacerando nossos valores, da concentração de renda que faz pessoas morrerem de fome, da soberba que tem escravizado boa parte da humanidade, do consumo exorbitante que vem saqueando nosso planeta, da inveja que vem alimentando a competição voraz e da preguiça que nos faz indiferentes, conclui-se que chegamos a um momento decisivo da nossa existência.
Máquinas e humanos dividem espaço numa mesma jornada e, ainda que a tecnologia pareça cada vez mais longe, somos indispensáveis na propagação do amor, da justiça, da solidariedade.
Assim, se você sentiu uma enorme vontade de mudança nos últimos anos, se está buscando transformar sua vida e ser feliz, se tem um desejo ardente de viver num mundo mais justo, você está sendo conclamado para formar um novo mundo pacífico, colaborativo e justo.
Para isso, é necessário evoluir como um todo, pois de nada adianta sermos gentis com nossos familiares, se não tratarmos nossos colegas de trabalho da mesma forma. É perda de tempo dedicarmos inúmeras horas para o trabalho, se não acompanharmos o desenvolvimento dos nossos filhos, pois precisamos estar perto daqueles que amamos.
De nada serve ganharmos uma montanha de dinheiro, se não canalizarmos grande parte dele para o bem comum. Em suma, o desequilíbrio das relações familiares, sociais, com o trabalho e com a natureza, é o cerne dos males existentes na sociedade atual.
Equilibrar cada um desses pilares, de forma “caórdica”, unindo caos e ordem, não somente é algo urgente, mas fundamental para construirmos uma realidade melhor. Bem-vindo a um novo mundo: se você sente que é hora de acordar, você já faz parte do exército que deseja lutar por um planeta melhor.
Lembre-se, apenas, que a mudança começa por você, na sua casa, no seu trabalho, e se propaga de dentro para fora. A tecnologia, por mais avançada que pareça, ainda precisa de nós. A verdade é que necessitamos evoluir, também, como humanidade, ou nos tornaremos frios e insensíveis como as máquinas.
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Henrique Medeiros é especialista em gestão e psicanalista, autor do livro “Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo”. É formado em Tecnologia da Informação com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e tem mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia.