O fim do ano está chegando e com ele os famosos compromissos para cumprir nos próximos 365 dias. Mas, as promessas do ano anterior foram cumpridas?
Queremos e sabemos da necessidade de organizar as metas, porém, não conseguimos fazer acontecer. Por quê? Veja se você se encaixa em algumas destas situações:
- Imagine que decidiu fazer uma pós-graduação à noite, porque acredita que melhorará muito o seu trabalho. Seu companheiro(a) vai achar que comprometerá seu tempo com os filhos, e que não considerou que ele(a) também tem compromissos. Como não avaliou o impacto do seu objetivo na vida dos que lhe rodeiam e quando as reivindicações começam a acontecer, você desiste. Antes de tomar uma decisão que envolve os outros, converse, levante as consequências e monte a estrutura necessária para que dê forma ao que planejou. Isso é respeito pelo outro. Quer seja no trabalho ou na família.
- Você colocou como objetivo perder peso. Vai entrar numa academia, fazer uma dieta controlada, até porque sua saúde precisa disso. Consegue fazer durante uma semana e não dá continuidade. Certamente, tomou essa decisão sem planejar seu tempo e sem providenciar os recursos que precisaria para cumprir sua meta. Você tem quem cozinhe o que você pode comer? Foi a um nutricionista e organizou seu cardápio, comprou o necessário para não faltar? Definiu o horário para a academia ou deixou solto, para encaixar no seu dia a dia? Isso significa amor-próprio. Fazer tudo que for necessário para atender à sua necessidade pessoal. Não deixar que outras coisas passem por cima de você.
- Você tem como meta fazer uma viagem ao exterior com seu parceiro(a) neste novo ano. Porém, quando se trata de conter gastos, de fazer uma conta em separado e guardar dinheiro para essa viagem, você nem pensa nisso. Com certeza outras “prioridades” irão aparecer e desviar o dinheiro. Você pode até dar uma de doido e fazer de qualquer jeito, se endividando, se for o caso, e atendendo o seu prazer e a sua promessa. É o tipo da atitude que, na maioria das vezes, como diz o “vigilante do peso”, vai gerar nesta sequência: gosto, desgosto e arrependimento!
Pode ser que suas dificuldades sejam outras, diferentes das que abordei aqui. Porém, seja ela qual for deve estar ligada a falta de planejamento, falta de priorização de si mesmo, impulsividade, falta de coragem quando precisa investir dinheiro ou correr algum tipo de risco, falta de motivação para fazer o que é necessário, como cuidar da saúde, deixar de fumar, de beber, entre outras coisas.
Então, caro leitor, antes de fazer promessas a si mesmo, busque primeiro entender qual o sentimento ou atitude comportamental que estragará seus planos. Com certeza não é a primeira vez que acontece, por isso busque ajuda para resolvê-los, antes de começar. Pode crer, isso mudará sua vida em mais aspectos do que uma simples decisão de fim de ano!
*Vânia Portela – Psicóloga e autora de “Eu podia ser feliz e não sabia”